29 November 2006

Esta sou eu...estas são as minhas palavras


Por vezes ando meia perdida nestas encruzilhadas da vida, tem momentos que sigo o caminho errado apenas para me aperceber mais tarde que não tenho mais oportunidade de seguir o certo. Aprendo todos os dias que tem coisas que são inevitáveis queiramos ou não. O que me revolta!...é não ter o poder de as mudar...que a vida nem sempre e justa. Ou somos nos que não a sabemos "ler"? Quando a vida me magoa misturo as minhas lágrimas com a chuva, numa mistura agridoce...e sigo em frente até ao próximo round! Sempre em frente. Atirada ás correntes da vida como uma pequena folha ao vento! Apenas com a esperança de que chegue a bonança...Esta sou eu,estas são as minhas palavras...

28 November 2006

O Sonhador

Agora,
ele já não sonha,
as pálpebras estremecem,
e noite outra vez,
o coração fecha todos os portos,
todas as portas,
e no reverso de cada pagina,
somam-se cicatrizes, escombros,
muitos navios sem leme, sem ancora,
naufragados,
sem espelhos que um dia, nos mares
entre o norte e o sul,
viram contemplar, na inquietação das
vagas,
um rosto aflito que já nada dizia.

José Agostinho Baptista

27 November 2006

Preguica Voluptuosa...

Hoje as palavras insistem em fugir-me, talvez também elas desfalecidas por este tempo agreste...posso vê-las enroscadas, quentinhas no edredom. Chamo por elas ao que respondem espreguiçando-se voluptuosamente, mas permanecem onde estão. Acho que hoje não as demovo da preguiça...

Musica...O que me importa de Marisa Monte

26 November 2006

Assassinos!


Recentemente vi uma noticia que me deixou de coração partido!E horrorizada com a crueldade humana!Revoltada com o ser humano!Enojada com a minha raça!Varias peleiras estavam a ser investigadas e uma delas e portuguesa(no largo do rato)...junto com a reportagem mostravam imagens de como ASSASSINAM os animais.E comprometem-se a fazer um casaco mesmo que o cliente deseje um casaco de um animal em vias de extinção...e quando não teem a pele matam gatos e cães!As imagens são de partir o coração a quem o tenha!deixou-me em lágrimas...em prol da beleza fútil cometem os mais bárbaros crimes!mas porque?...


25 November 2006

Medos...

Cai a noite escura...
Trazendo os novos medos, os quais eu pensava ter encontrado cura. Escondidos por traz dos segredos...a luz da lua nada me deixa ver, a janela ilumina-me e as sombras lembram-me que os espíritos não descansam. Mesmo já cansado de tantas bravuras sopra o vento muito lentamente...leva para longe tais tormentos! Quero encaixota-los eternamente,deixando espaço a outros sentimentos. A geada vem com o sol a nascer...lava da minha alma dores insuportáveis. Mostra que de algo melhor quero viver. Receios jamais serão intransponíveis?...

24 November 2006

Olhar...

Numa época em que é tão valorizada a originalidade sinto que as pessoas estão a esquecer o importante da questão. Que nas pequenas coisas encontramos a verdadeira essência,e na simplicidade...de um olhar! Lemos tantas emoções.Um desejo,raiva...Um olhar vale mais que mil palavras. Um olhar é único. Tem um cunho tão pessoal, é intransmissível.Reflecte a alma de quem o lança...e num relance nos apaixonamos pela nossa alma gémea.Ou não loll

23 November 2006

Relax...

Hoje estou numa de relax e meditar sobre a minha vida. Crescer tem destas coisas...e quando os problemas se juntam a nossa volta e quando me apetecia ser de novo menina que procurava o colo do pai para se sentir protegida. Não que agora não o possa fazer,mas é diferente o sentimento. Ou sou eu que já não vivo naquele mundo em que tudo era cor de rosa...se bem que nunca fui muito fã desta cor loll acho que criei fobia de tanto a minha mãe me vestir de rosa :)

PS:belas peúguinhas,não?loll

22 November 2006

Arco-Iris

Hoje vi um arco-íris...já não via um fazia alguns anos. Mas logo me vieram a memoria as lendas sobre os tesouros que os duendes guardam...o pote das moedas? e deste poema de William Wordsworth...

My heart leaps up when i behold
A rainbow in the sky
So was it when my life began
So is it now i am a man
So be it when i shall grow old
Or let me die...

21 November 2006

Telepatia...

Telepatia,silencio,calma
Feitiçaria da tua alma
Passo a passo,sem ter medo
Abrimos,soltamos o nosso segredo
E a sorrir devoramos o mundo
Num abraço tão profundo
Telepatia,sem contratempo
Deixei-te um dia num desalento
E eu sonhava,existia
Pra sempre,pra sempre foi pura poesia
Sem pensar não vi que passavas
Pelo meu corpo não ficavas
E a sorrir devoramos o mundo
Num abraço tão profundo
Telepatia,silencio,calma
Feitiçaria da tua alma
Telepatia...
Telepatia...

tenho "paixao" por esta musica :)

20 November 2006

Morre Lentamente...

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar,
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajectos.
Quem não muda de marca,
Não arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão
E o seu remoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos
E os corações a bater.
Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite
Pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...

Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!"


(PABLO NERUDA)

Ando a aprender a ser feliz...

15 November 2006

Orquideas

«Existe uma lenda que conta que em certa manhã ensolarada, apareceu uma deusa deliciosamente perfumada com um delicado xaile, na costa de Java. Passeava serenamente por um bosque repleto de sândalos, magnólias e carvalhos, onde os raios solares chegavam ao solo, filtrados pelos ramos das árvores, dissipando aos poucos a sombra da noite.
Quando a deusa desapareceu, o seu xaile permaneceu sobre um ramo, numa posição em que recebia sombra e luz. Foi então que o xaile se transformou numa bela e misteriosa flor, a Orquídea, uma das mais fascinantes e sensíveis flores já vistas na natureza.
A flor morreu quando os homens, sem delicadeza, pisaram-na e a deixaram-na ali no chão, caída. Mas a bondade da deusa fez com que a Orquídea revivesse a partir dos germes que ali ficaram, para que, no mundo, a partir de então, florescessem Orquídeas para admiração dos seres que a ele pertenciam.
Hoje são flores de festas, luxuosas, mas no passado eram colhidas pelos homens e pelas mulheres do povo, para formar ramos a serem oferecidos aos seus deuses.»

14 November 2006

Voto na AR


No "Diário de Notícias" de , 20 de Outubro de 2006 vem na página 4 uma notícia pequenina mas muito interessante e que ilustra bem as poupanças e as prioridades deste Governo. Reza a notícia que a Assembleia da República aprovou ontem em plenário o seu próprio Orçamento para 2007 e do qual faz parte uma verba total para obras de "remodelação das bancadas e sistema de ar condicionado", obras essas que importam em mais de 3 milhões de euros (cerca de 600 000 contos na moeda antiga)...

Se aqui começamos a ficar no mínimo impacientes o pior está no entanto ainda para vir:

Para adaptação do sistema de votação electrónica dos deputados (sistema esse que já existe, embora tenha funcionado mal numa das últimas votações) o Estado prepara-se para gastar, pasme-se: um milhão e cem mil euros !!! Ou seja 220 000 contos!!! Por um sistema em que o deputado carrega num botão e aparece o seu voto contabilizado num quadro electrónico!!!

Se a sua indignação e estupefacção é tão grande como a minha, faça circular este mail.

Denuncie este roubo feito a todos os Portugueses contribuintes!
(Recebido por email)

13 November 2006

Fases


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
Fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

12 November 2006

Sonho...


É noite....olho para o céu e vejo a minha montanha la plantada,observando a extensa planície que tenho diante de mim.Não tenho arvores,nem arbustos para me darem oxigénio...temo morrer neste deserto.O satélite aproxima-se da minha montanha,do meu pontinho branco entre os pontinhos brilhantes.Passa por ele e desaparece.Então sempre e verdade!que os satélites comem do céu o que la não deveria estar.Tantas vezes ouvi estas historias da minha avo,sem acreditar.Afinal os satélites são bons porque não deixam que o céu tenha intrusos....a minha avó também dizia que depois do céu tudo regressa a terra.Acordo.As arvores rodeiam a minha janela,subindo pelo morro ate atingir o azul com os seus ramos de libélulas...

11 November 2006

2001


Tenho a pele seca e áspera de solidão,avida de amor.Esta tão pálida e mortiça que se tornou translucida ao olhar...tão delgada que qualquer olhar pode faze-la tremer.Procura o sol neste inverno cristalizado.Aqui me encontro do outro lado da vidraça...a minha pele irisa-se com a esperança de sentir o calor do teu sorriso de luz.Tingiu-se de paisagens a janela em que apareceste.Invento cores,desenho,dimensões para as exibir a fácil admiração.Para engrandecer os teus olhos.As pontas dos nossos dedos tocam-se através do cristal.Por isso escrevo para sentir a tua caricia ao virar a pagina.O único cristal de tacto quente!

10 November 2006

Loucura


Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?
Fernando Pessoa

09 November 2006

Mudam-se os tempos

08 November 2006

Receita da mãe

A minha mãe era uma cozinheira de "mão cheia" que dizia que não era necessário saber cozinhar,mas faze-lo com amor.Que toda e qualquer prato que fosse confeccionado com amor sairia bem!Queria partilhar convosco uma receita dela...que conquista qualquer coração e talvez desperte o desejo da pessoa especial loll

Bolos de Amor

vai precisar de:

925g de farinha sem fermento
90g de açúcar em pó
30g de fermento
125g de leite de cabra
4 c/de sopa(60ml) de agua
1 c/chá de sal
1 c/de chá de mistura de especiarias(gengibre,noz moscada e sementes de coentros)
1/2 c/sopa de canela
225g de passas
60g de pinhões
60g de manteiga
1ovo batido
60g de açúcar
3 c/ de sopa(45ml) de leite

Método

Peneire 125g de farinha para uma tigela e junte 1 colher de chá de açúcar em pó.Misture o fermento com o leite de cabra e a agua e adicione a mistura anterior.Mexa bem e deixe repousar 20 a 30 min. ou ate que esteja espumoso,entretanto peneire os restantes 800g de farinha com o sal,a mistura das especiarias e a canela para outra tigela.Junte 60g de açúcar em pó,as passas e os pinhões,misture rapidamente e adicione ao fermento,ovo e manteiga.Mexer ate obter uma massa fofa que se solte dos lados da tigela,coloque na mesa polvilhada com farinha e amasse durante 5min. ou ate a massa estar fofa e não se agarrar as mãos(enquanto vai transmitindo os seus desejos a massa através dos dedos)cubra a massa e deixe levedar ate dobrar o volume,volte a colocar a massa na tigela e e polvilhe com farinha.Amasse ligeiramente e divida em doze bolas.Ponha-as afastadas no tabuleiro de forno untado com manteiga e polvilhado com farinha.cubra e deixe levedar durante 30min.Coza a 220C durante 20 a 25 min(consoante o forno)depois de cozidos pincele os bolos com glacé feito com açúcar dissolvido em leite fervido 2 min.

07 November 2006

Uivar a lua


Li esta frase no Fadas e Poesias e identifiquei-me com ela."quem não uiva não encontra a sua matilha" porque hoje deu-me a súbita vontade de uivar a lua!humm...

06 November 2006

De Lúcia a Violeta


"Eu era a minha voz e hoje sinto que não sou nada.Eu era a minha voz e ao perde-la,perdi-me também a mim própria...fiquei esvaziada e deserta,e tudo por dentro de mim se estiola e degrada.Tudo dentro de mim se amordaça e me deixa calada.Os olhos fecham-se-me,as órbitas dilatam-se,os poros da pele secam e o meu corpo torna-se um invólucro que já não presta ,porque já não serve para nada.Sinto as pálpebras pesadas,os fantasmas andam a solta pela casa...os duendes há muito que saíram por aquela porta,as gazelas deixaram o jardim e já não invadem a sala...as pessoas já não atravessam os salões,o burburinho dos talheres a mesa dissipou-se como uma borrasca,há um fluxo do tempo que deixa um espaço aberto as coisas que entretanto nascem,mas eu não sei se farei parte delas.Nem por quanto tempo ainda ficarei viva na memoria das pessoas que me escutam e das que depois de mim permaneçam.Esta casa esta silenciosa,a avenida em que habito e tranquila e com as janelas fechadas não entra nestas salas.Sinto-me apartada do mundo como se nele não tivesse lugar,nem fosse dele esperada para alem da minha voz.sinto que não sou nada e a minha voz faz parte de um passado que me espreita e guarda,mas que também me mata e traz acorrentada."

Excerto da sua biografia

Musica...Madame Butterfly

05 November 2006

Estranha de Passagem




Queira ou não
sou muitas vezes
do mundo,uma estranha...
Venho de passagem,
por terras de ninguém.
De lugares distantes vim
e para la caminho
de braço dado com o destino...
São risos e sonhos que perdi
ou ganhei?...

Musica...Rescue Me de Aretha Franklin

04 November 2006

Silencio


Escuto encantada
este silencio vivo...
meu companheiro
que me conforta,
que ficara comigo
neste divagar nocturno...
Escuto estrelas que contam historias de encantar
e luas que embalam meninos.

Musica...Romeo and Julieta de Vanessa Mae

03 November 2006

Ironias




Neste jogo de cartadas
de tantos trunfos negados
de sentidos sem sentido.
Razoes sem razão,
ate de nos enganados
nunca queremos ser vencidos.
Atiramos as estrelas
os nossos dados de vidro
sem lhes tocar
e ficamos neles perdidos...
Nas mãos a carta certa,
mas não jogada.
A carta que não se queria
porque a julgamos errada ou de nada valia a pena...

02 November 2006

Bolas!Que tem semanas que demoram uma eternidade a passar...esta e uma delas.Grrrrrr loll

01 November 2006

Insónia



Não contes noite...
não contes a ninguém
aquilo que vês e ouves acordada.
A raiva dos homens,
as lágrimas das mães,
os gemidos das avós.
Não contes a ninguém
que uma só pessoa e tão só
quando de repente nós e a noite,
ficamos frente a frente...
não fales noite
das orações ouvidas
escorrendo de lábios ressequídos
dos prazeres e risos passageiros,
de tantos nevoeiros fugidos,
de corpos adormecidos...
nem de promessas incertas
aninhadas em almas despertas.
Não digas que fechadas são as portas
julgadas abertas.
Não fales de pessoas imaginadas...
não digas noite!
Não digas a ninguém
o que fizemos de mais um dia.
Um dia de vida oferecido,merecido...
não acordes aquilo que desejamos esquecido.
Não contes sequer
que tens um ventre de mulher
gerando alem dor,
tantos mistérios,jardins e cemitérios...
onde as flores quando tu nasces se ficam da mesma cor.
não contes noite o medo
que do homem que se acende,nem fales da liberdade que um dia prende...