16 January 2008

Passeio da Memoria...




Neste jogo de sombras e de luz,
brilham os meus olhos quando cruzo
os desertos da minha memoria...
sentada nas dunas,
percorro em silenciosa acalmia
as contas deste rosário.
Uma nuvem solitária paira no céu
como se uma bandeira de luto se desenhasse no horizonte...
silenciosa olho uma lua nunca vista,
nos lugares do meu passado que já não existem.
Parto sem olhar pa traz porque já soa a chegada da manhã.
Adormeço esquecida junto a ti.

11 January 2008

Desilusões


Sei o quanto doi uma desilusão...
Não falo daquelas que "beliscam" a nossa vida, entre homem e mulher. Que fazem balançar os pratos da balança ate que um dia tudo se desmorona num silencio ensurdecedor...
Não.Falo dos afectos, dos relacionamentos familiares que era suposto durar toda vida e crescemos a acreditar que sao de pedra e cal...
Não é verdade! A vida corroí as relações entre os grandes. Quando somos pequeninos somos como os animais, somos de quem nos dá carinho e amor, mas depois vem a memoria...
Crescemos de maneiras diferentes e envelhecemos muitas vezes com amargura ou frustração por esta ou aquela razão...e triste mas é a verdade.
Tenho cada desilusão marcada na minha pele a ferro e fogo... são cicatrizes que guardo das minhas vivências, do lado menos belo da realidade. Mas não deixo que esse lado negro tolde a Luz e as coisas boas de que os outros sao capazes. Todos os dias registo mais uma historia linda dentro de mim, alimento a minha alma.

06 January 2008

?!



“Cada dia mais afundados nesta sociedade sintética, artificial, de valores e pensamentos invertidos, onde a superficialidade toma proporções e importância cada vez maiores, como se o envolvimento pleno e verdadeiro fosse uma séria ameaça a sua estabilidade, e a hipocrisia é elevada como um valor natural e necessário, o homem se afasta mais e mais de sua essência e passa sua vida inteira sustentando valores e comportamentos que representam tudo, menos o que ele realmente gostaria de ser e fazer..”
Devo tar com complexo de Virginia Woolf..

03 January 2008

!...


In omnia paratus!

01 January 2008

Sede...


Tenho sede...
So peço um pouco de água da nascente da tua boca.
Naveguei todos os mares e sabes?
Já não me lembro em que porto deixei sinais da minha vida...
Um espelho,
uma concha,
uma mecha de cabelo...
Regresso para te dizer que não vi pelo mundo
humanidade!
Nada fiz,
nada semeei,
mas se o fiz; foi semear as sementes da ira!
regresso cheia de sede e afastas-te
sem me matar a sede.
Tenho sede de ti...