26 November 2007
23 November 2007
Porto de Abrigo...
Regresso sempre a ti,
para ti...
Á casa do silencio,
ao quarto da loucura.
Aos braços que se movem eternamente
e me embalam com ternura.
Regresso,
depois de ter conhecido todas as estradas,
das eras de gelo e trevas,
depois dos incêndios.
Regresso ao teu corpo com saudade.
E ancoro o meu corpo ao teu...
E atraco no meu porto de abrigo.
22 November 2007
Pecado...
Vem,
deixa a tua marca na minha nudez de mármore,
abre o meu decote de frutos amadurecidos.
Dizes que sao maçãs sem pecado...
Que sou a tua Eva.
Visto-me de lua e estrelas
e passeio pelas pedras de luz
que sao os teus olhos...
Que entoam melodias e palavras sem sentido.
Vem,
quero ouvir o som que vem de ti,
solta-te,
deita-te,
esquece tudo...
Procura apenas o meu nome no teu corpo.
13 November 2007
A Chama...
Trago dentro de mim o fogo que tudo consome!
Que faz arder em mim pulseiras de estrelas.
no meu pulso trago o cheiro de cicatrizes,
Que não sei a sua origem...
Talvez num encontro com a fera,
dentro de mim...
Talvez quando a arvore do paraíso deixou cair a folha
na estação dos lírios.
Abro as cortinas da janela,
do quarto cheio de po de livros mágicos e sagrados...
Vejo uma luz.
Quem acendeu a candeia da eternidade?
A chama sobe pelos meus dedos ate aos olhos,
iluminando rostos e uma camélia de papel roxo que respira num canto....
deito-me de lado e
partirei como partem os animais sábios,
sem olhar pa trás...