19 February 2008

Chuvas...


Parece que as chuvas voltaram a inundar a cidade que inventei...
Á volta um falcão negro ronda as margens,
e desce a pique sobre um pássaro lento e cansado.
Com amargura fere-o de morte,
e suga-lhe a vida por entre as garras.
Com um movimento também fere
as asas do nosso amor.
Condenado amor,
porque te abriste as garras do céu?...
Porque voltas as costas?
Não sabes...
Vencida pela intempérie,
adormeço nas escadas,
hirta de frio.

7 Rnhau:

Blogger aqui-há-gato said...

E se o Sol brilhar?
Pensas de outra forma?
Não deixes que as chuvas te tirem as garras.


O Gato

11:51  
Blogger Maria said...

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16:25  
Blogger Maria said...

vencida temporariamente,mas nao derrotada gato :)apenas em repouso ate ao próximo round loll

16:26  
Blogger Maria said...

Citando Fernando Pessoa

A ÁGUA da chuva desce a ladeira.
É uma água ansiosa.
Faz lagos e rios pequenos, e cheira
A terra a ditosa.
Há muitos que contam a dor e o pranto
De o amor os não qu'rer...
Mas eu, que também não os tenho, o que canto
É outra coisa qualquer.

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Um bela forma de ver as intempéries. Nem sempre são perturbações atmosféricas, mas sim, as intempéries da vida.

Uma beijoca.

18:56  
Blogger GarçaReal said...

Quando o frio envolve os corpos, e quando o amor não aquece a alma a busca é intensa...Incessante.

Bjgrande do lago

19:27  
Blogger Gi said...

Olá Maria, tenho andado arredada das caixas de comentários (inclusivé das minhas) e confesso que a ando um bocado confusa sem saber a quem agradeci ou não a gentileza da vista e das palavras que deixaram no meu pequenos nadas. O tempo não tem sido eu aliado ...

Se já cá vim , perdoa a repetição, prefiro pecar por excesso :) se é a primeira vez ficam aqui os agradecimentos. Volta sempre, és bem-vinda

Um beijo e noite feliz.

00:32  
Blogger Ana Luar said...

E porque nem sempre a chuva é sinal de mau presságio o teu texto é o raio de sol depois de uma chuvada.

12:11  

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