Permanencia...
Ultimos dias...
Azuis e vermelhos
na praia deserta.
Se ficam palavras que não foram ditas
secas nos lábios, como salinas
na memoria escritas
e o vento a passar, sem as levar
na praia deserta...
Miragens esquecidas,dançam nas ondas
feito meninas
e nas redes dos pescadores,
nas redes vazias,
uma ansiedade, uma incerteza
de todos os dias...
Na areia molhada os passos gravados
ficam em nada aos pés do Tempo
e tu de mãos frias passando por estradas
nunca passadas que já conhecias...
a canção do pinhal,
entorna perfume...
É agora mais forte...
Os olhos da Serra parecem punhais
que mataram a morte.
La estão as rochas, tão carcomidas
olhando as nossas vidas
sabendo o que somos, e o que não somos
ou queríamos ser...
Mudas de tanto saber.
Na praia deserta
de permanência esvoaçam promessas
e gaivotas esquivas.
O mar abafa segredos,
medos gritados dos afogados
e tu sentada, a beira vida
areia escorrendo por entre os dedos.
Já não sabe cantar,
esta a morrer de frio
e tu vais com ele
mas ficas presa por um fio...
2 Rnhau:
Como sempre Gostei !
Uma Feliz Páscoa para ti, Gata :)
Um Beijo de Alma
Vim te ler!
Gostei disso “sabendo o que somos, e o que não somos
ou queríamos ser.. Mudas de tanto saber”.
Palavras que não dessemos um ao outro ficam com sabor amargo e dói ao ouvido.
Muito bem gostei!
Bejos e feliz Páscoa!!!
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