25 January 2007

Voltar de novo...


Que o silêncio de novo me adormeça
e leve as minhas sombras e segredos...
Que este mar de solidão me esqueça
enquanto espero amanhecer...
Presa dos meus fantasmas e medos.
Que eu seja só um corpo reclinado,
inerte, sem lembranças nem ideias...
Uma qualquer, sem história nem passado,
ao sabor de uma noite, abandonada,
sem este sangue a percorrer-me as veias.
E que volte a pureza renegada,
sem mistérios ou segredos proibidos...
Voltar de novo, mas por outra estrada,
sem a alma rasgada e desflorada e sem vozes a segredar aos meus ouvidos.